terça-feira, 26 de junho de 2012

INFORMAÇÃO


                 A importância da lágrima


A lágrima ou filme lacrimal é um líquido produzido por um conjunto de glândulas e células oculares: glândulas lacrimais principais (localizadas abaixo da pálpebra superior) e acessórias, glândulas de Meibomius (localizadas nas bordas palpebrais atrás dos cílios) e células caliciformes (localizadas na membrana conjuntival).
A lágrima contém uma parte aquosa, uma mucosa, além de uma parte gordurosa. A parte aquosa é mais espessa e contém água, sais minerais ou eletrólitos, proteínas, complexos imunológicos e lisozima que digere as proteínas deletérias secretadas por bactérias; a parte mucosa, que fica na parte mais interna em contato com a córnea e conjuntiva, contém uma substância chamada mucina que facilita a distribuição da lágrima sobre a superfície do olho mantendo-a estável e lisa além de ajudar na defesa contra infecções, pois impede a aderência de debris e bactérias na superfície do olho; e a parte gordurosa também chamada lipídica, que é mais externa e apresenta uma película fina de gordura que facilita a distribuição do filme lacrimal, previne a irritação mecânica das pálpebras ao piscar e impede que a lágrima se evapore. A lágrima, portanto, não é composta apenas por água e sal como o soro fisiológico. O equilíbrio desta composição mantém a função do filme lacrimal adequada assim como o funcionamento integrado da superfície ocular (filme lacrimal, córnea e conjuntiva).
A lágrima transporta oxigênio para o epitélio corneano, mantém os olhos umedecidos e lubrificados quando ocorre o mecanismo de piscar, nutridos, protegidos contra infecções e mantém uma visão nítida ao regularizar a superfície corneana permitindo a transmissão da luz sem difração. A produção ocorre através da integração de processos locais (oculares) e sistêmicos (sistema nervoso autonômo e endócrino). Portanto, doenças da superfície ocular (alergia, conjuntivites infecciosas e cicatriciais), cirurgias oculares, queimaduras oculares por produtos químicos, colírios, doenças sistêmicas, medicações sistêmicas, desequilíbrio hormonal (menopausa, terapia de reposição hormonal) e envelhecimento podem causar um distúrbio na produção e instabilidade lacrimal. Além disso, fatores externos como uso de computadores, leitura prolongada, ar condicionado ou locais com clima seco, poluição e cigarro podem facilitar a evaporação da lágrima. Essas situações levam ao desequilíbrio do filme lacrimal causando o quadro da síndrome do olho seco.
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