O Serviço de Intendência é a parte da logística voltada para as atividades de suprimento. Incansável e tenaz, a Rainha da Logística realiza um serviço cotidiano e ininterrupto, transportando, suprindo e alimentando. Ele distribui o material de intendência (uniformes, equipamentos individuais, etc) e os diversos tipos de munição e de gêneros alimentícios. Proporciona também, em operações, outros serviços como lavanderia e banho. Nas organizações militares os intendentes assessoram os comandantes na administração financeira e na contabilidade.
Cabe ao Serviço de Intendência atender aos objetivos do Exército Brasileiro no que se refere a atividades logísticas que converjam para o planejamento correto e o provimento oportuno, nos locais determinados e nas quantidades e especificações exigidas.
O patrono do Serviço de Intendência é o Marechal Bitencourt. (12 de abril)
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Patrono
Nascido a 12 de abril de 1840, em Porto Alegre, filho do brigadeiro Jacinto Machado Bitencourt e de D. Ana Maurícia da Silva Bitencourt, o patrono do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro, marechal Carlos Machado Bitencourt, em plena infância já demonstrava pendor para a carreira das Armas – uma tradição de família, pois militares também o eram o avô e o pai.
Esses exemplos de amor à Pátria e coragem cívica o entusiasmaram e o impeliram às fileiras do Exército. Assentou praça a 1o de janeiro de 1857, com 17 anos. Galgou por mérito todos os demais postos de uma brilhante carreira e viveu a honrosa situação de combater em algumas circunstâncias sob as ordens do pai, na Guerra da Tríplice Aliança.
Marechal Bittencourt

Bitencourt destacou-se como encarregado da logística nas operações desenvolvidas pelo Exército contra os insurretos de Canudos. Recém-empossado como ministro da Guerra, interveio pessoalmente na campanha cujo óbice maior era a ausência de uma cadeia de suprimentos, já que a falta destes dificultava o bom desempenho das forças legais. Organizou e sistematizou o transporte de pessoal e material, tornando efetivo e contínuo o fluxo de reabastecimento das tropas, o que possibilitou a derrota dos rebelados. Sua brilhante atuação foi essencial para o resultado final daquele conflito.
Carlos Bitencourt dedicou 40 anos de relevantes serviços prestados à Pátria até o momento de sua morte, a 05 de novembro de 1897, quando buscava salvar o então presidente Prudente de Morais de um atentado com arma branca (veja quadro).
O Exército deve a Bitencourt o aprendizado do insígne Thiers, autor de História do Consulado e do Império: "É necessário ter o espírito de ordem e minuciosidade, porque o militar não se educa para a guerra somente: alimenta-se, veste-se, arma-se e cura-se. A cada movimento é necessário pensar na véspera e no dia seguinte, nos flancos e na retaguarda; mover tudo consigo: munições, víveres e hospitais".
Um pouco de história...
Finda a Campanha de Canudos em 1897, o marechal Bitencourt voltou ao Rio de Janeiro, capital da República à época. A 5 de novembro do mesmo ano regressavam as forças que haviam lutado no sertão baiano. A tropa desembarcou do navio Espírito Santo e foi recepcionada pelo presidente da República, Prudente de Morais. Durante as honras militares, saiu das fileiras do 10º Regimento de Infantaria o anspeçada (na ocasião, uma graduação entre soldado e cabo) Marcelino Bispo de Melo, 19 anos, que sacou de um punhal e arremeteu-se contra o presidente. Bitencourt correu a salvar o chefe do Executivo e o fez com o ônus da própria vida.
comunicar é viver
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